sábado, 6 de fevereiro de 2016

Semana Mundial da Harmonia Inter-religiosa

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Como todos os anos, na primeira semana de fevereiro, tem início a Semana Mundial da Harmonia Inter-religiosa, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2010. O objetivo do evento – que este ano se celebra de 1 a 7 de fevereiro – é promover o diálogo e a compreensão entre os seguidores de diferentes religiões, a fim de reforçar a harmonia inter-religiosa e a cooperação entre os povos, tutelar os direitos humanos através da construção de uma cultura de paz e tolerância.
Por ocasião deste evento – informa a Rádio Vaticano – a Assembleia Geral incentiva os Estados-membros, as organizações intergovernamentais e não-governamentais, os líderes de movimentos inter-religiosos e da sociedade civil para difundir a mensagem de harmonia inter-religiosa e boa vontade nas igrejas do mundo, mesquitas, sinagogas, templos e outros lugares de culto. Para este efeito, serão realizados, durante toda a semana, eventos culturais e campanhas de sensibilização.
Às várias iniciativas desta edição, adere, entre outros, também o Kaiciid, o Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso e cultural “Rei Abdullah Bin Abdulaziz”. Fundado em 2012 em Viena pela Arábia Saudita, Espanha e Áustria e com a Santa Sé no papel de órgão observador, o Centro pretende promover o diálogo entre os seguidores de diferentes religiões e culturas do mundo, de modo a melhorar a cooperação, o respeito pela diversidade, a justiça e a paz.
Segunda-feira – informa o emitente – a organização participou das “Vésperas pela Paz” na famosa abadia beneditina de Melk, em Viena, com vários líderes religiosos austríacos, membros do Corpo Diplomático na Ocse e representantes da sociedade civil. Na terça, o Kaiciid e o Embaixador do Reino da Jordânia, convidaram o presidente austríaco Heinz Fischer para falar sobre a importância do diálogo inter-religioso para a solução dos muitos problemas que o mundo enfrenta hoje, incluindo o da crise dos refugiados.
Por Zenit

Secretário da CNBB: aborto não é solução para microcefalia

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Diante dos inúmeros casos de microcefalia ligados ao Zika Vírus, o debate sobre o aborto foi novamente introduzido como solução para as mães cujos bebês foram acometidos desse problema.
Em entrevista à Rádio Vaticano, o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, alerta que estão se aproveitando dessa situação dolorosa para tantas famílias para levar adiante essa discussão e introduzir à força o aborto, como sendo um elemento normal da sociedade e assim modificar a legislação brasileira.
O bispo destaca ainda que é preciso enfrentar o problema, de fato, que é o Zika Vírus, conscientizando as pessoas quanto ao combate do mosquito, que pode ser facilmente combatido, não deixando água parada.
Dom Steiner destaca ainda que a posição da Igreja sempre será favorável à vida, à boa receptividade das crianças, e em ajudar os casais cujos filhos têm microcefalia. “Nós temos inclusive declarações de pessoas que sofreram com microcefalia, mas levam uma vida normal”, recordou.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

CNBB convoca Igreja para o combate ao vírus zika

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Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 4, a diretoria da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, divulgou uma nota onde convoca a Igreja no país a se empenhar no combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor dos vírus Zika, Chikungunya e Dengue.
Citando a declaração da Organização Mundial da Saúde sobre a gravidade do situação, a nota diz que o alerta não deve levar ao pânico, como se a situação fosse “invencível”, apesar de sua “extrema gravidade”.
Um destaque especial foi dado à questão do aborto que voltou às discussões quando alguns grupos reclamaram ao Supremo Tribunal Federal o “direito” de abortar em casos de microcefalia. Para a CNBB, isso não justifica defender o aborto, mas trata-se de um “total desrespeito à vida”.
Antes, a instituição sugeriu que seja garantida, “com urgência”, a assistência aos atingidos pelas enfermidades, sobretudo às crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. “A saúde, dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos. A eles cabe implementar políticas que apontem para um sistema de saúde pública com qualidade e universal”.
A CNBB também pediu o comprometimento dos cidadãos. Sugeriu que as comunidades paroquias se sensibilizem e se mobilizem para combater o mosquito transmissor, alertando os fiéis durante as Missas, encontros de pastorais e em outras ocasiões oportunas.
“Exortamos as lideranças de nossas comunidades eclesiais a organizarem ações e a se somarem às iniciativas que visem colocar fim a esta situação. As ações de competência do poder público sejam exigidas e acompanhadas”, diz a a nota.
O presidente da CNBB, Dom Sérgio da Rocha, disse que este será também um dos assuntos da conversa com a presidente Dilma Rousseff, numa reunião vindoura. O bispo disse que insistirá na necessidade de dar assistência às pessoas que foram infectadas pelo Zika. A nota citada também será entregue ao Governo Federal.
Leia a mensagem na íntegra
MENSAGEM DA CNBB SOBRE O COMBATE AO AEDES AEGYPTI
“Tu me restauraste a saúde e me deixaste viver” (Is 38,16b)
O Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2016, conclama toda a Igreja no Brasil a continuar e intensificar a mobilização no combate ao mosquito aedes aegyti, transmissor da dengue, do vírus zika e do chikungunya. Com um grande mutirão, que envolva todos os setores da sociedade, seremos capazes de vencer estas doenças que atingem, sem distinção, toda a população brasileira.
Merece atenção especial o vírus zika por sua provável ligação com a microcefalia, embora isso não tenha sido provado cientificamente. A gravidade da situação levou a Organização Mundial da Saúde a declarar a microcefalia e o vírus zika emergência internacional. O estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade. Tampouco justifica defender o aborto para os casos de microcefalia como, lamentavelmente, propõem determinados grupos que se organizam para levar a questão ao Supremo Tribunal Federal num total desrespeito ao dom da vida.
Seja garantida, com urgência, a assistência aos atingidos por estas enfermidades, sobretudo às crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. A saúde, dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos. A eles cabe implementar políticas que apontem para um sistema de saúde pública com qualidade e universal. Nesse sentido, a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano contribui muito ao trazer à tona a vergonhosa realidade do saneamento básico no Brasil. Sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo esforço de combate ao aedes aegypti.
O compromisso de cada cidadão também é indispensável na tarefa de erradicar este mal que desafia nossas instituições. O princípio de tudo é a educação e a corresponsabilidade. Por isso, exortamos as lideranças de nossas comunidades eclesiais a organizarem ações e a se somarem às iniciativas que visem colocar fim a esta situação. As ações de competência do poder público sejam exigidas e acompanhadas. Nas celebrações, reuniões e encontros, sejam dadas orientações claras e objetivas que ajudem as pessoas a tomarem consciência da gravidade da situação e da melhor forma de combater as doenças e seu transmissor. Com o esforço de todos, a vitória não nos faltará.
Deus, em sua infinita misericórdia, faça a saúde se difundir sobre a terra (cf. Eclo 38,8). Nossa Senhora Aparecida, mãe e padroeira do Brasil, ajude-nos em nosso evangélico compromisso de promoção e defesa da vida.
Brasília, 4 de fevereiro de 2016
Dom Sergio da Rocha – Arcebispo de Brasília-DF – Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger – Arcebispo de São Salvador da Bahia- BA – Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner – Bispo Auxiliar de Brasília-DF – Secretário Geral da CNBB
Por Canção Nova

Membros do Consep manifestam estima e proximidade aos enfermos

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Os bispos que compõem o Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) manifestaram sua “estima e proximidade de pastores aos enfermos”, por ocasião do dia a eles dedicado, 11 de fevereiro. Em mensagem, divulgada pela Presidência da entidade, durante entrevista coletiva nesta quinta-feira, dia 4, os prelados recordam que “o autêntico amor para com os enfermos exige que nos comprometamos com a construção de políticas públicas de saúde que atendam dignamente o ser humano em suas necessidades básicas”. Também são lembrados no texto os agentes da Pastoral da Saúde e as pessoas que, “com amor abnegado, se dedicam a cuidar dos enfermos”.
Leia na íntegra:
MENSAGEM DA CNBB POR OCASIÃO DO DIA DO ENFERMO
“Eu estava doente, e cuidastes de mim ” (Mt 25,36)
Nós, Bispos do Conselho Episcopal Pastoral (CONSEP), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunidos em Brasília, nos dias 3 e 4 de fevereiro de 2016, vimos manifestar nossa estima e proximidade de pastores aos enfermos, por ocasião da celebração do Dia Mundial do Enfermo, 11 de fevereiro.
Na fidelidade a nosso Mestre e Senhor Jesus Cristo que sempre deu atenção especial aos enfermos, somos incentivados ao cultivo e à prática desta obra de misericórdia. Essa atitude torna-se visível na caridade praticada pela Pastoral da Saúde e por tantas pessoas que, com amor abnegado, se dedicam a cuidar dos enfermos.
O Ano da Misericórdia revela-se ocasião privilegiada para nos dedicarmos ainda mais aos irmãos e irmãs enfermos, aos quais, muitas vezes, se sobrepõe o peso do preconceito e da discriminação, tornando sua condição ainda mais difícil. Como discípulos de Jesus misericordioso, reafirmamos com o Papa Francisco que “no sofrimento nunca há quem esteja só porque, no seu amor misericordioso pelo homem e pelo mundo, Deus o abraça até nas situações mais desumanas, nas quais a imagem do Criador, presente em cada pessoa, parece ofuscada ou desfigurada”.
O autêntico amor para com os enfermos exige que nos comprometamos com a construção de políticas públicas de saúde que atendam dignamente o ser humano em suas necessidades básicas. Diante disso, incentivamos nossas comunidades, pastorais, movimentos e associações a também lutarem pelos direitos dos mais necessitados, principalmente por causa da crise pela qual passa grande parte das instituições de saúde do país.
Manifestamos nosso reconhecimento e agradecimento a todos os que, voluntária ou profissionalmente, se dedicam aos doentes, particularmente àqueles que, em suas famílias, convivem com a experiência da doença de pessoas queridas.
Pela intercessão de Nossa Senhora da Saúde, invocamos a bênção de Deus sobre os doentes e os que a eles se dedicam.
Brasília, 4 de fevereiro de 2016.
Dom Sergio da Rocha – Arcebispo de Brasília-DF – Presidente da CNBB
Dom Murilo S. R. Krieger – Arcebispo de São Salvador da Bahia-BA – Vice-presidente da CNBB
Dom Leonardo Ulrich Steiner – Bispo Auxiliar de Brasília-DF – Secretário Geral da CNBB
Por CNBB

Pastoral da Saúde promove Romaria do Dia Mundial do Doente

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“Neste ano jubilar, com as Portas Santas abertas para todos, somos convidados, como Igreja em estado permanente de missão, a defender e a promover a Vida Plena, manifestando assim o rosto de Cristo, a Misericórdia Divina em todo agir pastoral. A enfermidade é um terreno fértil, para que lancemos com confiança e amor, a semente divina em todos os corações: enfermo, familiares, amigos. Que esta Romaria, a Casa da Mãe Maria, Mãe de Misericórdia e nossa mãe, reavive, ainda mais em nosso coração, a chama do amor, da fraternidade e da paz”, disse o bispo de Presidente Prudente (SP) e responsável pela Pastoral da Saúde no regional Sul 1, dom Benedito Gonçalves dos Santos, sobre a Romaria ao Santuário Nacional.
Com o tema “O Agente da Pastoral da Saúde é o Rosto da Misericórdia”, a Pastoral da Saúde, do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizará a Romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, no dia 13 de fevereiro. Em sintonia com o ano Jubilar da Misericórdia e o Dia Mundial do Doente, celebrado em 11 de fevereiro, a Romaria vai reunir pessoas vindas de diferentes regiões do país.
A missa de abertura do evento será presidida pelo bispo da diocese de Campos (RJ) e responsável pela Pastoral da Saúde no âmbito nacional, dom Roberto Francisco Ferrería, e concelebrada por dom Benedito Gonçalves dos Santos. Em seguida, um momento de reflexão e palestra organizados pela Pastoral acontecerá no auditório Noé Sotillo.
Pastoral da Saúde
A Pastoral da Saúde é um organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), vinculada à Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. A Pastoral da Saúde, de acordo com as Diretrizes da CNBB, é a ação evangelizadora “de todo o povo de Deus, comprometido a defender, promover, preservar, cuidar e celebrar a vida, tornando presente na sociedade de alguns tempos hoje a missão libertadora de Cristo no mundo da saúde”.
Por CNBB

Santa Sé na Conferência de Londres: ajuda da Igreja a 4 milhões de sírios

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O Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Paul Gallagher, afirmou que a Igreja Católica continuará a prestar assistência humanitária às vítimas da guerra na Síria, que entra no sexto ano. A declaração foi feita durante a Conferência “Auxiliar a Síria e a região” promovida pelos países doadores, nesta quinta-feira, na capital inglesa.
O orçamento da ajuda humanitária para 2016 cresceu exponencialmente em relação ao ano passado, quando somente 50% do montante foi arrecadado. Diante deste quadro dramático – mesmo com a esperança de que se chegue a um acordo político para o fim do conflito –, Dom Gallagher destacou que a ajuda humanitária deve ser prevista também a longo prazo, e acolheu positivamente a decisão de que é preciso promover a educação, o trabalho e o desenvolvimento econômico dos refugiados e dos países que os acolhem.
Necessidades humanitárias

Contudo, advertiu o arcebispo, “enquanto discutimos as necessidades humanitárias da crise, nos cabe recordar que o custo real desta crise humanitária é mensurado pela morte e sofrimento de milhares de seres humanos”.

Neste ponto, Dom Gallagher recordou que desde o início da guerra a Santa Sé tem respondido às necessidades humanitárias na região.
“Ao distribuir as ajudas, as agências e entidades católicas não fazem distinção de religião ou identidade étnica daqueles que requerem assistência, enquanto procuram sempre dar prioridade aos mais vulneráveis e necessitados. Particularmente vulneráveis são as minorias religiosas, incluindo os cristãos, que sofrem desproporcionalmente os efeitos da guerra e da convulsão social na região. Na verdade, a presença e existência dos cristãos está gravemente ameaçada”, recordou o Secretário para as Relações com os Estados.
Assistência humanitária católica
No ano passado, a Igreja católica, com os recursos provenientes de apelos feitos pelas Conferências episcopais, doações privadas de fiéis católicos do mundo inteiro e parcerias com Governos e organizações internacionais, contribuiu com 150 milhões de dólares em assistência humanitária que beneficiou diretamente mais de 4 milhões de pessoas atingidas pela guerra na Síria.
Por Rádio Vaticano

O estilo de Deus é a humildade, diz Papa em homilia

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Na Missa desta sexta-feira, 5, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco falou da humildade de Deus. Ele explicou que o estilo de Deus não é o estilo do homem, porque Ele vence com a humildade, como demonstra o fim do maior dos profetas, João Batista, que preparou o caminho a Cristo e depois, colocou-se de lado.
O “maior” dos homens, o “justo e santo” que preparou o povo para a chegada do Messias, termina decapitado na escuridão de uma cela, sozinho e condenado ao ódio vingativo de uma rainha e à covardia de um rei submisso. Assim, Deus vence, comentou o Papa Francisco, relendo, na homilia, o Evangelho que narra a morte de João Batista.
“João Batista: o maior homem nascido de uma mulher: assim diz a fórmula de canonização de João. Esta fórmula não foi dita por um Papa, mas por Jesus, o homem que é o maior jamais nascido de uma mulher. O maior Santo: assim, Jesus o canonizou. E terminou no cárcere, degolado, e sua última frase foi quase uma renúncia: ‘Os discípulos de João, ao saber do fato, vieram, pegaram o cadáver e o colocaram no sepulcro’. Assim terminou o maior homem nascido de uma mulher’. Um grande profeta; o único a quem foi concedido ver a esperança de Israel”.
O maior tormento
Francisco não parou na evidência do Evangelho e tentou entrar na cela de João, escavar na alma da voz que gritou no deserto e batizou multidões em nome Daquele que ainda viria, e que agora estava acorrentado não só aos ferros do cativeiro, mas provavelmente à incerteza que o devastava, apesar de tudo.
“Ele sofreu na prisão, também a tortura interior da dúvida: Talvez, eu estivesse errado? Este Messias não é como eu imaginava que devia ser o Messias… ‘. E ele enviou seus discípulos para perguntar a Jesus: ‘Mas, diga, diga a verdade: és Tu quem deve vir?’, porque aquela dúvida lhe fazia sofrer. ‘Eu cometi um erro ao anunciar alguém que não é? Eu enganei as pessoas?’. O sofrimento, a solidão interior deste homem”.
Humilde até o fim
“Diminuir, diminuir, diminuir, assim foi a vida de João”, frisou o Papa. João Batista foi um grande homem, que não procurou a própria glória, mas a de Deus, e que termina no anonimato. Mas, com essa sua atitude, concluiu Francisco, preparou o caminho para Jesus, que morreu da mesma forma, em agonia, sozinho, sem os discípulos.
“Irá nos fazer bem ler hoje esta passagem do Evangelho, o Evangelho de Marcos, capítulo VI. Ler esta passagem, para ver como Deus vence: o estilo de Deus não é o estilo do homem. Peça ao Senhor a graça da humildade que tinha João, e não atribuir os méritos ou glórias de outros. E acima de tudo, a graça de que na nossa vida haja sempre o lugar, para que Jesus cresça e que diminuamos, até o fim”.
Por Canção Nova, com Rádio Vaticano

Encontro histórico entre o Papa e o Patriarca russo acontecerá em Cuba

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O dia 12 de fevereiro entrará para a História: será quando, pela primeira vez, os Primazes da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa Russa se encontrarão em sinal de proximidade entre as duas Igrejas.
O encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill de Moscou (foto) e todas as Rússias acontecerá no aeroporto internacional José Martí, em Havana, onde o Patriarca estará em visita oficial e onde o Papa fará uma escala antes de dar início à Viagem Apostólica ao México. Ao final do colóquio, será assinada uma declaração comum.
Em comunicado conjunto, nesta sexta-feira (05/02), a Santa Sé e o Patriarcado de Moscou “auspiciam que o encontro seja também um sinal de esperança para todos os homens de boa vontade e convidam todos os cristãos a rezar com fervor para que Deus abençoe este encontro para que possa produzir bons frutos”.
Por Rádio Vaticano

Évora: Arcebispo destina renúncia quaresmal a «cristãos perseguidos»

Arquidiocese de Évora

D. José Alves quer afastar «indiferença» face ao sofrimento alheio

Évora, 05 fev 2016 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora revelou hoje que a renúncia quaresmal dos católicos da arquidiocese alentejana vai ser destinada este ano aos “cristãos perseguidos”.
“A nossa renúncia quaresmal será um pequeno gesto de generosidade, envolvido num abraço fraterno, que juntamos à nossa oração constante, como forma de mitigar a violência exercida sobre esses milhares de irmãos nossos a quem queremos fazer chegar um sinal concreto do amor misericordioso de Deus”, escreveu D. José Alves, na mensagem para a Quaresma 2016, enviada à Agência ECCLESIA.
O prelado informa que o montante recolhido “vai ser canalizado para os cristãos perseguidos, que perdem os seus haveres e se vêm obrigados a abandonar as suas casas e o seu país”, através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.
A Quaresma, que se inicia com a celebração de Cinzas (10 de fevereiro, este ano), é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
Neste contexto, surge a renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
‘Vai e faz tu também o mesmo’ é o título da mensagem para a Quaresma, inspirada na Parábola do Bom Samaritano e D. José Alves destaca que as palavras de Jesus não dão lugar à “indiferença”.
O responsável mobiliza a diocese ao encontro dos “desconhecidos caídos à beira do caminho” como o bom samaritano.
“Se deixarmos ecoar no nosso coração a compaixão há de levar-nos a ser misericordiosos”, observa.
O prelado assinala ainda que a diocese adotou a expressão “sede misericordiosos como o Pai, para lema de vida e ação” desde o início do ano pastoral e, pelo Jubileu da Misericórdia, abriu a Porta Santa, em Vila Viçosa, “símbolo de Cristo, a verdadeira Porta que dá acesso livre e gratuito à misericórdia do Pai”.
“Todos temos ao nosso alcance um conjunto de meios para experimentar e celebrar a misericórdia, que transforma o coração e nos torna capazes de praticar as obras de misericórdia em favor do próximo”, destaca.
D. José Alves considera também que na figura do samaritano Jesus ofereceu “um ícone da misericórdia”, que deveria guiar sempre o “modo de proceder como cristãos e, nomeadamente, neste tempo quaresmal”.
CB/OC