MADRI, 02
Set. 15 / 05:00 pm (ACI).-
No último dia 6 de agosto a diocese de Cádiz (Espanha) admitiu a transexual
Álex Salinas como padrinho de batismodo seu
sobrinho. Entretanto, depois da polêmica, o Bispo consultou à Congregação para
a Doutrina da Fé no Vaticano e recebeu como resposta que é “impossível admitir”
uma pessoa com comportamento transexual como madrinha ou padrinho de batismo.
O Bispo de
Cádiz e Ceuta, Dom Rafael Zorzona Boy, divulgou hoje um comunicado no qual
explica que recorreu à Congregação para a Doutrina da Fé “ante a confusão
provocada entre alguns fiéis” pois atribuíram palavras e informações que não
foram pronunciadas por ele e também “pela complexidade e relevância mediática
alcançada por meio deste assunto”, assim como pelas “consequências pastorais”
que esta decisão tem.
Dom Zorzona
Boy explicou que após consultar a Congregação para a Doutrina da Fé, dicastério
do Vaticano encarregado de custodiar a correta doutrina católica, a respeito da
possibilidade de que a transexual Álex Salinas fosse padrinho de batismo do
filho da sua irmã, a resposta foi a seguinte:
“Sobre este
particular lhe comunico a impossibilidade de que lhe admita. O mesmo
comportamento transexual revela de maneira pública uma atitude oposta à
exigência moral de resolver o próprio problema de identidade sexual segundo a
verdade do próprio sexo. Portanto, é evidente que esta pessoa não possui o
requisito de levar uma vida conforme
a fé e ao cargo de padrinho (CIC no. 874 §3), não podendo, portanto, ser
admitido ao cargo nem de madrinha nem de padrinho. Não se vê nisso uma
discriminação, mas somente o reconhecimento de uma objetiva falta dos
requisitos que por sua natureza são necessários para assumir a responsabilidade
eclesiástica de ser padrinho".
Através da
nota, o Bispo precisou que o papel que os padrinhos assumem no sacramento do
batismo é “ante Deus e sua Igreja e em relação
com o batizado, o dever de colaborar com os pais em sua formação cristã,
procurando que leve uma vida coerente com a fé batismal e cumpra fielmente as
obrigações inerentes”.
Segundo o
comunicado, “os padrinhos devem ser “crentes sólidos, capazes e dispostos a
ajudar ao novo batizado... no seu caminho da vida cristã”, como assinala
o Catecismo da
Igreja Católica no numeral 1255.
Além disso,
aponta a que se não se encontrassem candidatos que reunissem os requisitos para
ser padrinho ou madrinha, o batismo poderia ser celebrado da mesma forma, pois
a figura dos padrinhos não é necessária neste sacramento.
Dom Zorzona
recolheu umas palavras do Papa Francisco na encíclica Laudato Si’, através da
qual explica que a transexualidade é um comportamento “contrário à natureza do
homem: a valorização do próprio corpo em sua feminilidade ou masculinidade é
necessária para reconhecer-se a si mesmo no encontro com o diferente. Deste
modo é possível aceitar gozosamente o dom específico do outro ou da outra, obra
de Deus criador, e enriquecer-se reciprocamente. Portanto, não é adequada uma
atitude que pretenda 'cancelar a diferença sexual porque já não sabe
confrontar-se com a mesma'”.
O Bispo
insistiu também em que “a Igreja acolhe A todas as pessoas com caridade
querendo ajudar A cada um em sua situação com vísceras de misericórdia, mas sem
negar a verdade que prega, que A todos propõe como um caminho de fé para ser
livremente acolhida”.
Confira
também:
A resposta
exemplar do Arcebispo do México perante as exigências de uma transexual

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