LIMA – São
Judas Tadeu é um dos santos mais populares e queridos entre os católicos devido
aos numerosos “favores” que seus devotos asseguram ter conseguido por meio da
sua intercessão. Confira a seguir, oito coisas que talvez não sabia sobre São
Judas Tadeu, o conhecido patrono das causas impossíveis.
1. Tadeu
significa “magnânimo”
A tradição
na Igreja conhece este apóstolo como Judas Tadeu. Os Evangelistas São Mateus e
São Marcos o nomeiam simplesmente “Tadeu” (Mt 10, 3; Mc 3, 18) e Lucas o
denomina “Judas de Santiago” (Lc 6, 16; At 1, 13). Judas significa “Deus seja
louvado”.
Não sabemos
exatamente de onde provém o segundo nome Tadeu, provavelmente vem do aramaico
“taddà’”, isto é “peito” e, portanto, significaria “magnânimo”. Ou talvez
surgiu da abreviação de um nome grego como “Teodoro, Teódoto”.
2. Era primo
de Jesus
Algumas
pessoas afirmam que São Judas Tadeu era irmão do Apóstolo São Tiago, filho de
Alfeu (Cleofas), o qual era irmão de São José. Segundo o documento publicado
pela Congregação para o Clero, Cleofas se casou com Maria de Cleofas, depois de
enviuvar de seu primeiro matrimônio de que nasceu São Judas Tadeu.
Esta outra
Maria era a “irmã” da Virgem Maria que estava ao pé da cruz (Jo 19,25).
Portanto, São Tiago Menor e Judas seriam primos de Jesus e sobrinhos de São
José e da Santíssima Virgem. Entretanto, não conseguiram comprovar se Maria de
Cleofas era “irmã” de sangue da Virgem Maria ou somente sua cunhada porque
nesse tempo se chamava “irmãos” os parentes em geral.
3. Parecia
muito com Jesus
São Judas
Tadeu normalmente é representado com uma medalha no peito, com o rosto de
Cristo impresso. Isto acontece porque se parecia com Jesus fisicamente e também
espiritualmente. Além disso, o santo carrega uma chama de fogo na cabeça a qual
manifesta que recebeu o Espírito Santo em Pentecostes.
Outros
escultores o mostram levando uma Bíblia em referência ao livro que leva seu
nome. Em sua mão aparece uma machadinha, referente ao seu martírio, ou um
cajado como símbolo das grandes distâncias que percorria enquanto pregava.
4. Morreu
mártir junto a São Simão
São Judas
Tadeu pregou primeiro na Judeia, em seguida foi a Mesopotâmia e finalmente a
Pérsia, lugar no qual se reuniu com o apóstolo São Simão e juntos combateram as
heresias de Zaroes e Arfexat, dois sacerdotes pagãos que levantaram o povo
contra as obras dos apóstolos. Ambos os apóstolos receberam juntos a coroa do
martírio e por isso a Igreja os celebra no mesmo dia. As relíquias dos Santos
estão em um altar da Basílica de São Pedro no Vaticano.
5. Teve uma
visão de Jesus antes de morrer
Antes de
morrer, São Judas olhou para São Simão e lhe disse que viu o Senhor que os
chamava para Ele. Segundo a antiga tradição, mataram São Simão cortando seu
corpo em dois e cortaram a cabeça de São Judas Tadeu com uma machadinha. A
Igreja no ocidente celebra o seu dia em 28 de outubro.
6. É
padroeiro das causas impossíveis
Santa
Brígida da Suécia, mística e padroeira da Europa, escreveu que um dia Jesus lhe
recomendou que quando quisesse obter certos favores, deveria pedir pela
intercessão de São Judas Tadeu. Por esta razão é considerado padroeiro das
causas impossíveis, assim como Santa Rita de Cássia.
7. Tem uma
epístola na Bíblia
A Epístola
ou Carta de Judas faz parte do Novo Testamento e é atribuída a São Judas Tadeu.
Foi escrita em grego entre os anos 62 e 65, antes da queda de Jerusalém. Foi
escrita por Judas, irmão de São Tiago, e não está dirigida a ninguém, nem a
alguma Igreja em particular.
Através
dela, repreende os falsos mestres e convida todos a manterem a pureza da fé. A
carta termina com uma bela oração (Jd 1, 25) que diz: “Ao único Deus sábio,
Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora e para todo o
sempre. Amém”.
8. A Igreja
não avaliza as polêmicas correntes de oração
Normalmente
circulam pela Internet e em papéis deixados nas casas ou nos templos, uma
suposta “corrente ou Novena Milagrosa a São Judas Tadeu” a qual exige que o
conteúdo seja compartilhado a um número determinado de pessoas e dentro de um
período de tempo para obter bênçãos e ameaça com maus aqueles que não o façam.
A origem é desconhecida, mas a Igreja não avaliza estas iniciativas.
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