O Tribunal
Supremo do Paquistão aceitou nesta quarta-feira (22) examinar o recurso de
apelação de Asia Bibi, uma cristã condenada à morte por blasfêmia, e apoiada
por vários dirigentes ocidentais, entre eles o papa Francisco.
Asia Bibi,
mãe de cinco crianças, foi condenada à pena capital em 2010 depois de ter sido
acusada de insultar o profeta Maomé por muçulmanos de sua aldeia com quem havia
tido uma disputa, algo que ela sempre negou.
A cristã se
converteu em um símbolo do debate sobre a lei da blasfêmia, uma questão muito
sensível nesta república islâmica, onde as absolvições são raras, e onde
acusações não provadas levam por vezes ao linchamento dos suspeitos.
A defesa de
Bibi recorreu do veredicto no fim de novembro ante o Tribunal Supremo, a mais
alta instância do país, após a confirmação da pena de morte pelo Alto Tribunal
de Lahore (leste).
O Tribunal
Supremo fixará nos próximos dias uma data para começar a examinar a apelação,
explicou um dos advogados da condenada, Saiful Maluk, na saída da audiência.
O caso de
Asia Bibi, denunciado pelas organizações de defesa dos direitos humanos,
comoveu vários dirigentes ocidentais, entre eles o Papa Francisco, que pediram
seu indulto.

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