quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Oito coisas que talvez não sabia sobre o popular São Judas Tadeu

LIMA – São Judas Tadeu é um dos santos mais populares e queridos entre os católicos devido aos numerosos “favores” que seus devotos asseguram ter conseguido por meio da sua intercessão. Confira a seguir, oito coisas que talvez não sabia sobre São Judas Tadeu, o conhecido patrono das causas impossíveis.

1. Tadeu significa “magnânimo”

A tradição na Igreja conhece este apóstolo como Judas Tadeu. Os Evangelistas São Mateus e São Marcos o nomeiam simplesmente “Tadeu” (Mt 10, 3; Mc 3, 18) e Lucas o denomina “Judas de Santiago” (Lc 6, 16; At 1, 13). Judas significa “Deus seja louvado”.

Não sabemos exatamente de onde provém o segundo nome Tadeu, provavelmente vem do aramaico “taddà’”, isto é “peito” e, portanto, significaria “magnânimo”. Ou talvez surgiu da abreviação de um nome grego como “Teodoro, Teódoto”.

2. Era primo de Jesus

Algumas pessoas afirmam que São Judas Tadeu era irmão do Apóstolo São Tiago, filho de Alfeu (Cleofas), o qual era irmão de São José. Segundo o documento publicado pela Congregação para o Clero, Cleofas se casou com Maria de Cleofas, depois de enviuvar de seu primeiro matrimônio de que nasceu São Judas Tadeu.

Esta outra Maria era a “irmã” da Virgem Maria que estava ao pé da cruz (Jo 19,25). Portanto, São Tiago Menor e Judas seriam primos de Jesus e sobrinhos de São José e da Santíssima Virgem. Entretanto, não conseguiram comprovar se Maria de Cleofas era “irmã” de sangue da Virgem Maria ou somente sua cunhada porque nesse tempo se chamava “irmãos” os parentes em geral.

3. Parecia muito com Jesus

São Judas Tadeu normalmente é representado com uma medalha no peito, com o rosto de Cristo impresso. Isto acontece porque se parecia com Jesus fisicamente e também espiritualmente. Além disso, o santo carrega uma chama de fogo na cabeça a qual manifesta que recebeu o Espírito Santo em Pentecostes.

Outros escultores o mostram levando uma Bíblia em referência ao livro que leva seu nome. Em sua mão aparece uma machadinha, referente ao seu martírio, ou um cajado como símbolo das grandes distâncias que percorria enquanto pregava.

4. Morreu mártir junto a São Simão

São Judas Tadeu pregou primeiro na Judeia, em seguida foi a Mesopotâmia e finalmente a Pérsia, lugar no qual se reuniu com o apóstolo São Simão e juntos combateram as heresias de Zaroes e Arfexat, dois sacerdotes pagãos que levantaram o povo contra as obras dos apóstolos. Ambos os apóstolos receberam juntos a coroa do martírio e por isso a Igreja os celebra no mesmo dia. As relíquias dos Santos estão em um altar da Basílica de São Pedro no Vaticano.

5. Teve uma visão de Jesus antes de morrer

Antes de morrer, São Judas olhou para São Simão e lhe disse que viu o Senhor que os chamava para Ele. Segundo a antiga tradição, mataram São Simão cortando seu corpo em dois e cortaram a cabeça de São Judas Tadeu com uma machadinha. A Igreja no ocidente celebra o seu dia em 28 de outubro.

6. É padroeiro das causas impossíveis

Santa Brígida da Suécia, mística e padroeira da Europa, escreveu que um dia Jesus lhe recomendou que quando quisesse obter certos favores, deveria pedir pela intercessão de São Judas Tadeu. Por esta razão é considerado padroeiro das causas impossíveis, assim como Santa Rita de Cássia.

7. Tem uma epístola na Bíblia

A Epístola ou Carta de Judas faz parte do Novo Testamento e é atribuída a São Judas Tadeu. Foi escrita em grego entre os anos 62 e 65, antes da queda de Jerusalém. Foi escrita por Judas, irmão de São Tiago, e não está dirigida a ninguém, nem a alguma Igreja em particular.

Através dela, repreende os falsos mestres e convida todos a manterem a pureza da fé. A carta termina com uma bela oração (Jd 1, 25) que diz: “Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora e para todo o sempre. Amém”.

8. A Igreja não avaliza as polêmicas correntes de oração

Normalmente circulam pela Internet e em papéis deixados nas casas ou nos templos, uma suposta “corrente ou Novena Milagrosa a São Judas Tadeu” a qual exige que o conteúdo seja compartilhado a um número determinado de pessoas e dentro de um período de tempo para obter bênçãos e ameaça com maus aqueles que não o façam. A origem é desconhecida, mas a Igreja não avaliza estas iniciativas.

Comunhão aos divorciados recasados: uma questão aberta

Cidade do Vaticano – Depois da publicação do Documento final da XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família, muitas foram as interpretações da imprensa a respeito das decisões tomadas quanto à comunhão aos divorciados recasados.

A respeito deste tema, o Programa Brasileiro entrevistou o Arcebispo de São Paulo, Card. Odilo Pedro Scherer:

“O texto final que foi votado reflete a dificuldade de se dizer uma palavra unânime sobre este assunto, porque há muita divergência sobre que tipo de atitudes devem ser tomadas. Pode ou não pode: não é este o caminho escolhido. É claro que seria a solução simples, mas não é esta que nós podemos dar. A questão é complexa e questões complexas não podem ser respondidas simplesmente com um sim ou não. Enfim, existem múltiplas situações e o Sínodo, que não é ainda a palavra do Papa, não decidiu nada sobre isso. Eventualmente, o Papa poderá decidir que não podem se aproximar da mesa eucarística ou poderá dizer ‘em tais e tais situações, observadas tais normas, poderão se aproximar da mesa eucarística’. Então isso ainda permanece uma questão aberta. O Sínodo, enquanto tal, indicou alguns caminhos que poderiam ser seguidos, mas o Sínodo não decidiu nada sobre isto.”

Fonte: Rádio Vaticano

Atualizando:
Cardeal Odilo Scherer: O Sínodo sobre a família

Cidade do Vaticano (RV) – Durante o recente Sínodo dos Bispos sobre a família, realizado no Vaticano, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer, diariamente, através da Rádio Vaticano, trouxe os conteúdos dos trabalhos sinodais, aos fiéis do Brasil. Na conclusão dos trabalhos do Sínodo Dom Odilo respondeu algumas perguntas à nossa emissora e também outras ao Jornal O São Paulo. Publicamos a entrevista do O São Paulo.
1. A 14ª assembleia ordinária do Sínodo foi encerrada no dia 25 de outubro. Como descrever a experiência desse Sínodo, na condição de participante dele?
R. Foi uma experiência eclesial muito intensa e bonita. Deu para perceber a universalidade da Igreja: sendo a mesma em toda parte, pelo mesmo Evangelho, a mesma profissão de fé e pela mesma organização visível, ela tem, ao mesmo tempo, faces muito diferentes, de acordo com as culturas onde ela está inserida. Foram 3 semanas de reuniões com a presença quase diária do Papa Francisco e com representantes dos episcopados do mundo inteiro, além de outros membros da Igreja. Não se tratou de um Parlamento, onde a maioria decide, ou os partidos tentam negociar composições e compromissos, para vencer um debate… Procuramos todos falar com liberdade e colocar-nos à escuta do outro, na tentativa de discernir o que o Espírito de Deus ensina.
2. O Sínodo tratou de muitos temas relativos à família: no seu parecer, quais serão as contribuições que mais deixarão marcas no presente e no futuro da família?
R. De fato, mesmo se o tema específico foi “a vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade contemporânea”, foram abordados praticamente todos os temas referentes ao casamento e à família. Creio que o resultado foi muito positivo e algumas questões apareceram claras: uma renovada valorização da família pela Igreja, como realidade boa e querida por Deus; o casamento entre um homem e uma mulher dá início a uma família; a família tem uma missão importante em relação a cada pessoa, à comunidade humana e à Igreja; muitas situações novas e complexas envolvem hoje a família e requerem a atenção pastoral renovada da Igreja, que precisa estar próxima das famílias marcadas pela dor e todo tipo de sofrimento. A Igreja, ao mesmo tempo que convida todos a acolherem a Boa Nova de Jesus, precisa olhar com paciência e misericórdia os casais e as famílias que vivem em situações contrastantes com o  ensinamento do Evangelho.
3. Há esperança de que no futuro haja menos casais separados, divórcios e casais em segunda união?
R. A Igreja é sempre animada pela esperança. Mas o Sínodo refletiu muito sobre a necessidade da boa preparação para o casamento cristão e o casamento em geral. Creio que a preparação para o casamento deverá ser uma das ações principais da pastoral da família, de maneira que haja menos casamentos nulos ou divórcios no futuro. Precisamos perseverar, na certeza de que Deus não pede coisas impossíveis aos homens. É possível casar, perseverar e ser feliz no casamento.
4. Antes do Sínodo, criou-se uma grande expectativa sobre a questão da comunhão eucarística aos divorciados e recasados. Após o Sínodo, esses casais podem ou não receber a Eucaristia?
R. O Sínodo não tinha a missão de “resolver” essa questão, pois a natureza do sínodo é consultiva, e não decisória. O Sínodo refletiu com intensidade sobre isso e ofereceu algumas indicações ao Papa em relação ao eventual acesso à mesa eucarística dos casais que vivem em segunda união. Permanecem válidas as indicações dadas pelo Papa São João Paulo II na Exortação Apostólica Familiaris Consortio, de 1981. A resposta não consiste num generalizado “pode”, ou “não pode”. Os casos não são todos iguais. Em algumas situações, pode haver uma permissão especial para comungar. O que o Sínodo falou com clareza é que esses casais não estão excomungados, nem devem se considerar como tais; são filhos da Igreja e têm muitas possibilidades de se sentirem parte da Igreja e em comunhão com Deus. Além da comunhão eucarística, há a comunhão de fé, da escuta e vivência da Palavra de Deus, da oração comum, da caridade, da participação na missão da Igreja…
5. O que a Igreja ganhou com o Sínodo? Valeu a pena realizar essa assembleia?
R. Creio que ganhou muito e o Sínodo sobre a família valeu muito a pensa. Houve uma nova tomada de consciência em relação à família e sobre a necessidade de uma nova pastoral familiar. Além disso, ficou muito clara a percepção de que é necessário haver uma espécie de aliança entre a Igreja e a família. O conceito de “Igreja doméstica”, aplicado à família cristã, vai ter maior relevância daqui por diante. Por outro lado, não deixou de ser profético para o mundo que a Igreja se ocupasse tão intensamente com a família nesta época, para dizer uma palavra clara e orientadora sobre essa célula básica da sociedade e da Igreja.
6. Falou-se em “lei da gradualidade”, aplicada à situação dos divorciados e recasados civilmente. Que significa isso?
R.É um conceito usado na teologia moral e sistemática: nem todos fazem a profissão de fé com a mesma intensidade, podendo haver um crescimento e amadurecimento na fé. Para a mesma ação humana objetiva, a responsabilidade moral subjetiva pode ser diferente, dependendo de uma série de fatores; nem toda ação virtuosa tem o mesmo grau de perfeição, podendo haver crescimento na virtude. Em relação aos casais divorciados, a responsabilidade pela quebra da aliança matrimonial não é sempre igual para as duas partes. Assim também, os casais que vivem em segunda união, também podem estar vivendo graus diversos de responsabilidade moral subjetiva por essa situação; uma, é a de quem causou a separação e outra, a situação da parte inocente numa separação. Este é um fator a ser considerado no acompanhamento dos casais em segunda união.
7. O Relatório final do Sínodo, nos parágrafos 84 e 85, fala do acompanhamento pastoral dos casais em segunda união, da necessidade de confrontar-se com a sua consciência. Significa que depois disso já podem aproximar-se da comunhão eucarística?
R.. Na consciência moral, a pessoa se confronta com Deus e toma suas decisões morais. A consciência moral subjetiva é importante, mas ela precisa confrontar-se com a norma moral objetiva. No caso do divórcio e de uma nova união, há uma questão moral objetiva, que não pode ser desconsiderada e as decisões não podem ficar simplesmente por conta da consciência subjetiva. Por isso é necessário que esses casais busquem e recebam a ajuda do sacerdote para fazer o adequado discernimento. O Sínodo evitou de deixar a decisão simplesmente por conta da consciência moral subjetiva.
8. No parágrafo 86 fala-se da necessidade do acompanhamento pastoral pelo sacerdote, para fazer o discernimento sobre casa situação. O padre pode decidir sobre a participação desses casais na comunhão?
R. Acompanhamento, inclusão e misericórdia foram conceitos usados com abundância no Sínodo A Igreja, nas realidades locais, precisa acompanhar, ou seja, tornar-se próxima das situações de casais em crise, ou que se divorciaram, ou que se casaram de novo no civil, após uma separação. Apesar de tudo, essas pessoas não devem ser abandonadas, condenadas ou excluídas da comunidade; há necessidade de discernir, orientar, indicar vias de participação na vida e missão da Igreja. Há situações em que será necessário encaminhar para o reconhecimento da nulidade. A participação da comunhão eucarística é importante, mas esta não deve ser a única preocupação pastoral. Nas indicações dadas pelo Sínodo não consta que o padre esteja autorizado a decidir pelo casal, de modo generalizado, sobre a participação na comunhão eucarística.
9. Haverá ainda uma palavra do Papa sobre o assunto?
R. O Sínodo consultivo e, por si mesmo, não lhe cabia tomar nenhuma decisão. O Papa convocou a assembleia do Sínodo para ouvir a Igreja sobre as questões relativas ao casamento e a família, através dos seus pastores locais. Isso foi feito, o Papa ouviu atentamente e recebeu o relatório final, com as indicações dos participantes do Sínodo. Agora, depois de algum tempo, certamente haverá uma palavra “de autoridade” do Papa, como aconteceu nos Sínodos anteriores. Vamos continuar a rezar e aguardar

Cardeal Odilo P.Scherer
Arcebispo de São Paulo
Publicado em O SÃO PAULO, 26.10.2015

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Papa encerra Sínodo: só o encontro com Jesus dá força para confrontar dificuldades

 
Durante sua homilia, o Pontífice comentou as leituras da liturgia do dia que “apresentam-nos a compaixão de Deus, a sua paternidade, que se revela definitivamente em Jesus” e assinalou que “somente o encontro com Jesus dá ao homem a força para confrontar as situações mais graves”. Além disso advertiu acerca do risco de cair em uma “espiritualidade da miragem” e em “habituais da graça”.

O Santo Padre citou o povo hebreu deportado a Babilônia e afirmou: “A sua paternidade abre-lhes um caminho desimpedido, um caminho de consolação depois de tantas lágrimas e tantas amarguras. Se o povo permanecer fiel, se perseverar na busca de Deus mesmo em terra estrangeira, Deus mudará o seu cativeiro em liberdade, a sua solidão em comunhão: e aquilo que o povo semeia hoje em lágrimas, recolhê-lo-á amanhã com alegria”.

“O crente é uma pessoa que experimentou na sua vida a ação salvífica de Deus. E nós, pastores, experimentamos o que significa semear com fadiga, por vezes em lágrimas, e alegrar-se pela graça duma colheita que sempre ultrapassa as nossas forças e as nossas capacidades”, acrescentou.

“Jesus é o Sumo Sacerdote grande, santo, inocente, mas ao mesmo tempo é o Sumo Sacerdote que tomou parte nas nossas fraquezas e foi provado em tudo como nós, exceto no pecado. Por isso, é o mediador da nova e definitiva aliança, que nos dá a salvação”.

Em seguida, o Papa disse: “O Evangelho de hoje fala da cura do cego do Jericó, Bartimeu, foi libertado graças à compaixão de Jesus. Uma passagem através da qual Jesus se comove pelo seu pedido, se interessa pela sua situação. Não se contenta em dar-lhe uma esmola, mas quer encontrá-lo pessoalmente”.

“Não lhe dá instruções nem respostas, mas faz uma pergunta: ‘Que queres que eu faça?’. Poderia parecer uma pergunta inútil: que poderia um cego desejar senão a vista? E, todavia, com esta pergunta feita ‘cara a cara’, de maneira respeitosa, Jesus manifesta que deseja escutar as nossas necessidades”.

O Pontífice sublinhou: “Deseja um diálogo com cada um de nós, feito de vida, de situações reais, que nada exclua diante de Deus. Depois da cura, o Senhor diz àquele homem: ‘A tua fé te salvou’. Em efeito, somente o encontro com Jesus dá ao homem a força para enfrentar as situações mais graves”.

“Os discípulos de Jesus, isto é, os cristãos, estão chamados a pôr o homem em contato com a Misericórdia compassiva que salva”.

Continuou: “Quando o grito da humanidade se torna, como o de Bartimeu, ainda mais forte, não há outra resposta senão adotar as palavras de Jesus e, sobretudo, imitar o seu coração. As situações de miséria e de conflitos são para Deus ocasiões de misericórdia. Hoje é tempo de misericórdia! ”.

Francisco explicou que “existem algumas tentações para quem segue Jesus. O Evangelho de hoje põe em evidência pelo menos duas. Nenhum dos discípulos pára, como faz Jesus. Continuam a caminhar, avançam como se nada tivesse acontecido. Se Bartimeu é cego, eles são surdos: o seu problema não é problema deles. Pode ser o nosso risco: face aos contínuos problemas, o melhor é continuar para diante, sem se deixar perturbar. Desta maneira, como aqueles discípulos, estamos com Jesus, mas não pensamos como Jesus”.

Pois “estão dentro do seu grupo, mas perdem a abertura de coração, perdem a admiração, a gratidão e o entusiasmo e corre-se o risco de tornar-se ‘consuetudinários da graça’. Podemos falar d’Ele e trabalhar para Ele, mas viver longe do seu coração, que Se inclina para quem está ferido”, expressou o Santo Padre.

Esta é a tentação de uma “’espiritualidade da miragem’: podemos caminhar através dos desertos da humanidade não vendo aquilo que realmente existe, mas o que nós gostaríamos de ver; somos capazes de construir visões do mundo, mas não aceitamos aquilo que o Senhor nos coloca diante de olhos. Uma fé que não sabe radicar-se na vida das pessoas, permanece árida e, em vez de oásis, cria outros desertos”, destacou.

O Pontífice ainda disse em sua homilia que “existe uma segunda tentação: cair numa ‘fé de tabela’. Podemos caminhar com o povo de Deus, mas temos já a nossa tabela de marcha, onde tudo está previsto: sabemos aonde ir e quanto tempo gastar; todos devem respeitar os nossos ritmos e qualquer inconveniente os perturba. Corremos o risco de nos tornarmos como ‘muitos’ do Evangelho que perdem a paciência e repreendem Bartimeu. Mas Jesus, pelo contrário, quer incluir, sobretudo quem está relegado para a margem e grita por Ele”.

As últimas palavras do Papa estiveram dedicadas ao agradecimento aos participantes do Sínodo:


“Agradeço-vos pela estrada que compartilhámos tendo o olhar fixo no Senhor e nos irmãos, à procura das sendas que o Evangelho indica, no nosso tempo, para anunciar o mistério de amor da família. Continuemos pelo caminho que o Senhor deseja. Peçamos-Lhe um olhar são e salvo, que saiba irradiar luz, porque recorda o esplendor que o iluminou. Sem nos deixarmos jamais ofuscar pelo pessimismo e pelo pecado, procuremos e vejamos a glória de Deus que resplandece no homem vivo”, concluiu.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Sínodo: grande atenção às famílias com dificuldades

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“A maioria dos participantes do Sínodo sobre a Família julga necessário encontrar soluções a respeito dos sacramentos para os divorciados recasados” e “embora os bispos estejam ainda divididos sobre este tema, a novidade é que a maior parte da Assembleia concordou que ‘não fazer nada ou mudar tudo’ não são posturas representativas ou realistas”.
Foi o que adiantou Padre Federico Lombardi ontem (12) na coletiva aos jornalistas encarregados da cobertura do Sínodo dos Bispos, na Sala de Imprensa do Vaticano.
Divorciados e recasados
Os 270 padres sinodais, cardeais, bispos e sacerdotes que participam da Assembleia começaram a debater sobre a terceira parte do “Instrumentus Laboris” (documento de base), que inclui a questão dos divorciados que contraíram novo matrimônio.
Alguns explicaram que apesar de mudar a doutrina não ser possível, se pode conjugar ‘verdade e misericórdia’ e estudar ‘soluções e caminhos pastorais’ para os divorciados que se recasaram civilmente. Outros, no entanto, expressaram uma posição ‘negativa’ sobre dar a comunhão a estes fiéis.
Padre Lombardi explicou que este tema foi abordado na sessão de sábado:
“Alguns pronunciamentos – poucos – eram contrários; mas é preciso lembrar que isto era sempre no contexto da atenção da Igreja por todas as pessoas que se encontram em situações difíceis e que é necessário encontrar também maneiras para lhes fazer sentir integrados na vida da Igreja, e a proximidade da Igreja”.
Blog e presumível carta com críticas
Sobre as divisões entre os participantes, um blog de informação religiosa publicou uma carta que treze cardeais teriam enviado ao Papa denunciando que a metodologia utilizada no Sínodo é intencionalmente ‘pilotada’ para que seja dominado pelo problema teológico/doutrinal da comunhão aos divorciados que se recasaram.
O Diretor da Sala de Imprensa não quis comentar a existência do documento, mas fez notar que alguns cardeais (presumivelmente) signatários desmentiram ter participado da redação desta carta.
Relatio Finalis

Enfim, o sacerdote esclareceu que a respeito do documento final, a “Relatio Finalis” que os padres sinodais deverão votar com suas propostas sobre a família no próximo dia 24 de outubro, será o Papa a decidir se publicá-lo ou não.
“O que hoje não sabemos ainda com certeza é o que o Papa decidirá sobre a Relatio. Ele pode fazer como ano passado e ordenar a sua publicação imediata; ou dizer aos padres sinodais: ‘Obrigada, eu a tenho para mim e faço uma Exortação Apostólica’. Pode também receber, refletir e publicá-la depois de alguns dias”.
No Sínodo extraordinário sobre o mesmo tema, em outubro de 2014, Francisco decidiu publicar o documento.
Por Rádio Vaticano

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Papa Francisco acusa mundo político de não apoiar a família

Papa Francisco abençoa criança na Praça São Pedro, no Vaticano  (Foto: Alessandra Tarantino/AP)
O papa Francisco acusou nesta quarta-feira (7) os políticos de não apoiar a família, preferindo modelos chamados "inclusivos", mas "burocráticos" e "áridos".
"Não reconhecem a família", lamentou Jorge Bergoglio diante de milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no terceiro dia de um sínodo especificamente dedicado a este tema.
"A organização da vida comum sempre tropeça em uma burocracia totalmente estranha para os laços humanos fundamentais" e os "usos sociais e políticos carregam sinais de deterioração - agressividade, vulgaridade, desprezo - que estão bem abaixo do nível de educação familiar, mesmo que mínimo", acusou.

Uma "robusta injeção de espírito familiar" na sociedade é necessária, recomendou o Papa, ressaltando que "o estilo das relações civis, econômicas, jurídicas, profissionais, cidadãs, parece muito racional, formal, organizado, mas também muito desidratado, árido, anônimo, e, por vezes, insuportável".
Este modelo "diz ser inclusivo em suas formas, mas abandona à solidão e descarta uma quantidade cada vez maior de pessoas".
"As famílias sabem bem o que é a dignidade de se sentir filho ou filha, e não escravo ou estrangeiro, ou apenas um número em um cartão de identidade", observou.

Papa Francisco visitará o México em 2016

Papa Francisco chega para o sínodo dos Bispos nesta segunda-feira (5) no Vaticano (Foto: TIZIANA FABI/AFP)
Papa Francisco vai visitar o México em 2016, informou nesta terça-feira à AFP o porta-voz doVaticano, padre Federico Lombardi.
As datas e a agenda da viagem ainda não foram definidas.
A notícia foi antecipada para a correspondente da televisão mexicana Televisa, a quem Lombardi confirmou que Francisco viajará "no ano que vem" a seu país.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Papa Francisco defende família tradicional O "amor duradouro, fiel, fértil, que é cada vez mais objeto de deboches e considerado como algo antiquado"

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O papa Francisco defendeu a indissolubilidade do casamento, condenou o divórcio e reiterou que a família é composta por um homem e uma mulher ao inaugurar neste domingo, no Vaticano, o sínodo sobre a família.
Em sua homilia, pronunciada durante a missa solene em São Pedro, diante de 400 cardeais e bispos de todo o mundo por ocasião da segunda assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a família em um ano, o papa reconheceu que a Igreja deve defender os valores tradicionais em um “contexto social e matrimonial bastante difícil”.
Aos prelados pediu que se “busque sanar os casais feridos com o óleo da misericórdia”, um princípio básico de seu pontificado.
Em seu discurso, o papa defendeu com tom claro e enérgico a doutrina sobre a família e citou textos de seus predecessores, João Paulo II e Bento XVI como líderes desse debate.
“Jesus, ante a pergunta retórica que dirigiram a Ele – provavelmente como uma armadilha, para fazê-Lo ficar mal ante a multidão que O seguia e que praticava o divórcio, como realidade consolidada e intangível -, responde de forma direta e inesperada: Ele restitui tudo à origem da Criação, para ensinarmos que Deus abençoa o amor humano, é Ele que une os corações de duas pessoas que se aman e os unem na unidade e na indissolubilidade (…) Jesus restabelece assim a ordem original e originante”, afirmou.
O papa defendeu o “amor duradouro, fiel, fértil, que é cada vez mais objeto de deboches e considerado como algo antiquado” e assegura que “o sonho de Deus é a união de amor entre homem e mulher”, princípio que repete em várias ocasiões.
Sobre o divórcio, Francisco reiterou que “o que Deus uniu, o homem não separa”, do Evangelho de São Marcos.
“É uma exortação aos crentes para superar toda forma de individualismo e de legalismo, que esconde um mesquinho egoísmo e o medo de aceitar o significado autêntico do casal e da sexualidade humana no plano de Deus”, disse.
O pontífice argentino fixou assim os parâmetros do encontro marcado pela confissão, na véspera, de um importante prelado do Vaticano que admitiu ser gay e ter um companheiro e que foi imediatamente destituído.
Feridas contemporâneas
Ante um contexto social e moral tão difícil, como caracterizou, Francisco convidou a Igreja moderna a “não esquecer sua missão de bom samaritano da humanidade ferida”.
Um convite que ele faz desde o início de seu pontificado em março de 2013.
Ao homem moderno, que sofre o “drama da solidão”, aos refugiados, as jovens, às vítimas da “cultura do descartável”, ao homem “atraído pelos prazeres da carne”, o papa promete a ajuda da Igreja.
“Viver sua missão na caridade que não aponta com o dedo para julgar os demais e sim – fiel a sua natureza como mãe – se sente no dever de buscar e curar os casais com o óleo da acolhida e da misericórdia; de ser ‘hospital de campo'”, com as portas abertas para acolher quem pede ajuda e apoio; de sair do próprio recinto para os demais com amor verdadeiro, para caminhar com a humanidade ferida, para inclui-la e conduzi-la à salvação”,
“A Igreja deve buscar, acolher e acompanhar, porque uma Igreja com as portas fechadas trai a si mesma e a sua missão, e, ao invés de ser ponte, se transforma em barreira”, concluiu.
Temas complexos
De 4 a 25 de outubro, cerca de 400 cardeais e bispos, provenientes de todos os continentes, debaterão pela segunda vez em um ano sobre os desafios encarados pela família católica, em crise diante das mudanças da sociedade moderna.
Uma série de questionários enviados a pedido do Papa às dioceses de todo o mundo colocaram em evidência a distância entre a doutrina severa da Igreja e a prática dos fiéis.
O primeiro sínodo ou assembleia de bispos sobre a família, celebrado há um ano, revelou as profundas tensões e divergências que reinam dentro da Igreja católica, apesar de compartilhar uma série de conceitos básicos.
Os 360 “padres sinodais” convidados pelo Papa, desta vez sabiamente escolhidos entre conservadores e progressistas, debaterão sobre temas delicados, sem a obrigação de chegar a uma conclusão.
Pela primeira vez 18 casais participarão dos debates, que deverão apresentar sua própria visão como leigos diretamente envolvidos.
Para o Papa, a família tradicional está vivendo uma crise profunda, que afeta o conjunto da sociedade e em particular a Igreja, de cujas diretrizes oficiais muitos fiéis se afastaram.
Francisco, que se apresenta como um religioso aberto ao diálogo, disposto a ouvir as partes, é um conservador em assuntos doutrinários.
Embora tenha reconhecido recentemente que é justo e necessário que um casal se separe quando há violência, reiterou em seus quase três anos de pontificado a condenação ao aborto, ao casamento homossexual e à eutanásia, embora com um tom menos agressivo e reivindicativo em comparação com seus antecessores.
O principal conflito que os bispos enfrentarão gira em torno dos divorciados que voltam a se casar.
Para a Igreja o casamento é indissolúvel e não reconhece o divórcio civil, razão pela qual não permite que os católicos divorciados que voltam a se casar recebam a comunhão.
Livros, petições, simpósios de um lado e de outro pedem de um lado maior flexibilidade e do outro exigem a inviolabilidade da doutrina.
Uma petição lançada há vários dias na página Change.org, a pedido de vinte teólogos de todo o mundo, solicita ao Papa e ao Sínodo que autorize a comunhão aos divorciados que voltam a se casar.
A petição já superou as dez mil assinaturas.
Reina um clima tenso, com membros do clero que chegam a se acusar mutuamente.
Muitos temem que no decorrer deste ano tenha se constituído um núcleo duro, “dedicado mais a frear que a propor” reformas, afirmaram à AFP fontes religiosas.
No início de setembro, o Papa simplificou o procedimento para declaração de nulidade do casamento, que também será gratuito, resolvendo antecipadamente um dos problemas.
A reforma democratizou o trâmite, mas não modificou os motivos que justificam as anulações, assunto que será abordado durante o sínodo.

Francisco deverá elaborar, se assim decidir, um documento Papal que para muitos observadores marcará a direção que seu pontificado tomará.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Papa: Igreja deve acolher todos sem mudar doutrina segundo modas e opiniões

 Na abertura do Sínodo para as Famílias no domingo, Papa Francisco afirmou que no contexto social e matrimonial bastante difícil, a Igreja é chamada a viver a sua missão na fidelidade e na verdade.
Com uma celebração eucarística na Basílica de S. Pedro, o Papa Francisco inaugurou na manhã deste domingo (04/10) a XIV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que tem por tema a família.
A Missa foi concelebrada pelos 270 padres sinodais, que a partir desta segunda-feira vão debater “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.
Em sua homilia, o Pontífice comentou as leituras do dia, “que parecem escolhidas de propósito” para o evento que a Igreja se prepara a viver e estão centradas em três argumentos: o drama da solidão, o amor entre homem-mulher e a família.
Solidão
Na primeira Leitura, Adão vivia no paraíso e sentia-se só. A solidão, disse o Papa, “é um drama que ainda hoje aflige muitos homens e mulheres”, e citou os idosos, os viúvos, homens e mulheres deixados pela sua esposa e pelo marido, migrantes e refugiados que escapam de guerras e perseguições; e tantos jovens vítimas da cultura do consumismo e do descarte.
Francisco denunciou o paradoxo do mundo globalizado, “onde há tantas habitações de luxo, mas o calor da casa e da família é cada vez menor; muitos projetos ambiciosos, mas pouco tempo para desfrutá-los; muitos meios sofisticados de diversão, mas um vazio cada vez mais profundo no coração; tantos prazeres, mas pouco amor; tanta liberdade, mas pouca autonomia… Aumenta cada vez mais o número das pessoas que se fecham na escravidão do prazer e do deus-dinheiro”.
O Papa constatou ainda que há pouca seriedade em levar avante uma relação sólida e fecunda de amor. Cada vez mais o amor duradouro e fiel é objeto de zombaria e olhado como se fosse uma antiguidade. Parece que as sociedades mais avançadas sejam precisamente aquelas que têm o índice mais baixo de natalidade e o índice maior de abortos, de divórcios, de suicídios e de poluição ambiental e social.
O amor entre homem e mulher
Deus não criou o ser humano para viver na tristeza ou para estar sozinho, acrescentou, mas para a felicidade, para partilhar o seu caminho com outra pessoa; para amar e ser amado. É Ele que une os corações de duas pessoas que se amam e liga-os na unidade e na indissolubilidade. Isto significa que o objetivo da vida conjugal não é apenas viver juntos para sempre, mas amar-se para sempre.
A família
Citando o Evangelho de São Marcos “O que Deus uniu não o separe o homem”, Francisco afirmou que se trata de uma exortação a superar toda a forma de individualismo. Para Deus, explicou o Papa, o matrimónio não é utopia da adolescência, mas um sonho sem o qual a sua criatura estará condenada à solidão.
Paradoxalmente, também o homem de hoje continua atraído e fascinado por todo o amor autêntico, fecundo, fiel e perpétuo. Corre atrás dos prazeres carnais, mas deseja a doação total.
Neste contexto social e matrimonial bastante difícil, a Igreja é chamada a viver a sua missão na fidelidade e na verdade. Isto é, defender a sacralidade da vida, a indissolubilidade do vínculo conjugal, sem mudar sua doutrina segundo as modas passageiras ou as opiniões dominantes.
Caridade
Outro elemento fundamental, todavia, é também a caridade.
“A Igreja deve viver a sua missão na caridade sem apontar o dedo para julgar os outros, mas se sente no dever de procurar e cuidar dos casais feridos com o óleo da aceitação e da misericórdia; de ser ‘hospital de campanha’, com as portas abertas para acolher todo aquele que bate pedindo ajuda e apoio.”
A Igreja, exortou Francisco, deve procurar o homem e a mulher, para acolhê-los e acompanhá-los, porque uma Igreja com as portas fechadas trai a si mesma e à sua missão e, em vez de ser ponte, torna-se uma barreira.
“Com este espírito, peçamos ao Senhor que nos acompanhe no Sínodo e guie a sua Igreja pela intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria e de São José, seu castíssimo esposo.”

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

FESTA DE DA PADROEIRA SANTA TERESINHA NA PARÓQUIA DE SANTA TEREZINHA-PE

A Festa de Santa Teresinha foi marcada com uma Procissão e contou com a participação de Vários fies Católicos a paróquia teve como tema deste ano de 2015 (com Santa Terezinha queremos ser instrumento do amor, da paz e da misericórdia de DEUS) contamos também com a participação da Boa Vizinhaça, dos Filhos ausentes e de todos os Paroquianos tivemos também participação de todas as pastorais, movimentos e serviços da paróquia e comunidades rurais. a missa foi logo apos a procissão e o Celebrante foi o Padre Claudivan Siqueira Santos e Foi Com Celebrada pelo Padre Elton Wilson Adiministrador Paroquial da Paróquia de Santa Teresinha aqui na Cidade de Santa Terezinha-PE e o Diácono Eduardo Oliveira da Paróquia de Santa Teresinha aqui Também na Cidade de Santa Terezinha-PE a Paróquia Agradece a participação de todos os Paroquianos 








































FERIADO EM SANTA TEREZINHA. ACABA HOJE A 78ª FESTA DA PADROEIRA


Hoje dia primeiro de outubro, dia de Santa Terezinha, feriado municipal, encerra-se a 78ª Festa da Padroeira de Santa Terezinha-PE. A partir da 5hrs da tarde haverá procissão com a exposição da imagem da santa saindo da Igreja Matriz, percorrendo as principais ruas da cidade e em seguida haverá a celebração da Santa Missa presidida pelo Padre Claudivan Siqueira Santos. 


A noite de encerramento é dedicada a Santa Terezinha pela boa vizinhança, filhos ausentes e por todos os paroquianos e os responsáveis são todas as pastorais, movimentos e serviços da paróquia e comunidades rurais, mais uma vez fica o convite a toda comunidade terezinhense para a participação deste momento sublime para a nossa terra.