Papa
Francisco durante encontro com a RCC no Estádio Olímpico de Roma, em 1 de junho
de 2014 – ANSA
Cidade do
Vaticano – “Vias de unidade e de paz. Voz em oração pelos mártires de
hoje e por um ecumenismo espiritual” é o tema do encontro na tarde desta
sexta-feira (3/07) na Praça São Pedro, na presença do Papa Francisco. De fato,
na sua 38ª Convocação, a Renovação Carismática italiana promove este encontro
de espiritualidade, testemunhos e de fraternidade entre confissões diferentes.
O evento, que foi apresentado esta manhã na Sala Marconi da Rádio Vaticano,
será transmitido, com comentários em português, a partir das 12h40, hora de
Brasília.
“Um cenáculo
de oração com vozes diferentes pelos mártires de hoje”. O Presidente da
Renovação Carismática italiana, Salvatore Martinez, apresentou assim a
iniciativa que se concluirá com o abraço ao Papa Francisco. As trinta mil
pessoas previstas, se deixarão conduzir pela oração e pela música para falar do
ecumenismo de sangue – expressão cunhada pelo próprio Papa Francisco – e o
ecumenismo espiritual, caminho de unidade e paz entre os povos. Para Salvatore
Martinez, é uma retribuição à visita do Papa Francisco ao Estádio Olímpico no
ano passado, ocasião em que entregou à Renovação a missão de oferecer um
testemunho de ecumenismo espiritual:
“O Papa está
convocando todos os homens e mulheres de paz do mundo, aqueles que têm a peito
a oração, para que, superando também as tradições, as pertenças, as confissões
religiosas, mostrem que este nosso mundo, sempre mais inquieto pelas
violências, pelas opressões, pelas injustiças, pode ainda mostrar este rosto
belo, fecundo, da unidade e da paz”.
“Diante da
unidade ferida e dividida, a oração é a única coisa de que temos necessidade”,
sublinhou por sua vez o Metropolita e Vigário Patriarcal da Diocese
sírio-ortodoxa dos Países Baixos, Dom Policarpo Eugenio Aydin. Um conceito
destacado também pelo próprio Salvatore Martinez:
“Aquele de
amanhã à tarde, não é um gesto ideal, mas é um grande gesto de realismo. O
realismo da fé, o realismo da oração. Não fecharemos os olhos, os manteremos
abertos na realidade, na esperança de que seja realmente transfigurado por
nossos bons propósitos de diálogo e de paz”.
O
representante do Arcebispo de Cantuária junto à Santa Sé, Dom David Moxon,
falou por sua vez sobre o ecumenismo de sangue:
“Quando te
encontras diante do ecumenismo de sangue? Quando – disse o Papa – um cristão é
morto e o homicida não pergunta a qual denominação pertence. Assim, o sangue de
uma pessoa morta é o testemunho universal de todos os cristãos. E isto pode ser
expandido a todos os fiéis no mundo. As duas coisas de que temos necessidade
são o ecumenismo espiritual e o ecumenismo de sangue. Eu sei e eu vi que a
maior parte das grandes confissões do mundo têm fé no Papa quando diz estas
coisas. Ele é a pessoa que pode chamar-nos a todos a fazer a diferença agora”.
Os artistas
de ponta deste evento serão Andrea Bocelli e a israelense Noa, que recordou as
tantas vezes que cantou na Praça São Pedro. A intérprete afirmou apreciar os
esforços do Papa Francisco em favor da paz no Oriente Médio, pelas pontes que
está lançando e a ele dirigiu uma afetuosa mensagem:
“Caro Papa
Francisco, com as tuas palavras e ações, dás um significado novo à única frase
que dá um sentido à própria vida. ‘Ama o teu irmão como a ti mesmo’. Obrigado
Santo Padre, pela luz que espalhas, da qual temos tão desesperadamente
necessidade na obscuridade que nos circunda. Possam os teus esforços gerar
frutos, aproximar todos nós no espírito de generosidade e sobretudo à paz”.
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